Quem nunca recebeu um contato daquele amigo ou conhecido, querendo conversar com você sobre a última ideia genial que ele teve?
Então, lembrou? Quase certeza que a ideia deste amigo não virou grande coisa.
Aquele pensamento que iria mudar o mundo, mas que ele não podia falar em qualquer lugar, pois era tão sensacional que podiam roubar, ficou tão no segredo que nem chegou a sair do papel.
Na verdade, este tipo de coisa já aconteceu com todo mundo, tanto no papel do amigo como também no do idealizador.
Idéias de projetos são criadas todos os dias, mas apenas uma parte pequena delas se torna algo real, mas qual a razão para esta baixa taxa de sucesso?
O livro: “o livro negro do empreendedor” de Fernando Trias aborda justamente este assunto.
Segundo o autor, o problema está justamente nesta supervalorização da ideia.
Quando vamos criar um projeto seja:
Um negócio
Uma campanha de marketing
Um projeto de internet
Um blog
E outros…..
Geralmente imaginamos um produto final, que naquela simulação da nossa cabeça é perfeito. Este produto é a ideia, que só apresentará problemas na fase de documentação ou materialização, pois as simulações feitas na cabeça do criador, não conseguem levar em conta a quantidade de variáveis possíveis de um sistema econômico e em 100% dos casos, a idéia precisará ser modificada.
Esta modificação é a morte do entusiasmo do criador que acaba enxergando a inviabilidade do negócio ou a pouca atratividade do mesmo com tantas mudanças. Mesmo assim, ainda existem aqueles que teimam em continuar o projeto sem aplicar alterações, resultando em fracasso da iniciativa.
Como solução, o autor aponta que os projetos devem se embasar em oportunidades e serem compartilhados nas fases iniciais para que sejam testados e questionados pelas pessoas antes de saírem do papel.
Focando em necessidades, o criador fica aberto para mudanças no projeto, diferente do que se prendendo a um produto imaginário fechado (ideia).
O compartilhamento também é importante, pois o criador estará recebendo choques com variáveis de outras pessoas, questionando ou validando seu produto.
Para mostrar o tanto que isto é realidade basta observar as principais grandes empresas de internet que temos hoje.
Sabia que muitas delas começaram com um propósito e hoje ganham milhões oferecendo produtos totalmente diferentes da ideia inicial?
Por exemplo: o Flickr começou como um projeto de game que utilizava a necessidade das pessoas de aparecem na internet.
Se os criadores tivessem ficados presos a idéia de game, eles não teriam criado um dos melhores organizadores de fotos da web.
Este foco na necessidade permite chegar ao sucesso, modificando ideias até encontrar o modelo ideal.