A Importância da Diversidade na Publicidade e nos Negócios
A diversidade é um tema cada vez mais discutido na atualidade, seja em fóruns, palestras empresariais, filmes e novelas, notícias e na própria publicidade. Com o mundo conectado e tantas informações disponíveis, as particularidades entre as pessoas são muito mais visíveis e o respeito por elas é exigido. Não há mais espaço para a homogeneização dos indivíduos como acontecia com os moldes antigos da publicidade. No entanto, a luta por direitos não pode ser banalizada ou transformada apenas em estratégia de marketing.
A falta de diversidade na publicidade brasileira ainda é um problema, pois os primórdios da publicidade foram responsáveis por criar (ou se apropriar) dos estereótipos que a mídia usou e abusou em toda sua existência. Segundo o Instituto Patrícia Galvão, 65% das mulheres brasileiras não se sentem representadas na publicidade como um todo. Um agente que reforçou a prática de estereótipos na publicidade foram os bancos de imagem, com fotos que não representam a realidade ou fortalecem a desigualdade. As propagandas ajudam a reforçar que “quem não é visto, não é lembrado” e em muitas empresas o que se vê (ou não se vê) na publicidade, acontece na prática. Apenas 6% da população negra se sente representada pela publicidade e uma pesquisa do Instituto Ethos mostrou que somente 4,7% dos cargos executivos das 500 maiores empresas brasileiras são ocupados por negros.
No Reino Unido recentemente passou a vigorar uma regra que determina que a publicidade não pode veicular imagens que reforçam estereótipos de gênero. Já nos Estados Unidos acreditam que as empresas devem ser encarregadas pelos valores que projetam através da publicidade e os indivíduos responsáveis por sua capacidade de aceitar ou rejeitar as mensagens que eles consomem. Essa auto-regulação ficou explícita no caso Abercrombie, em que os consumidores não aceitaram o posicionamento preconceituoso da marca de roupas que antes era um fenômeno global. A razão pela qual os anúncios estão cada vez mais cheios de temas de justiça social e com cuidados sobre abordagem escolhida é porque essa é a conversa cultural emergente agora.
O Facebook Brasil criou um manual de boas práticas para propor mais diversidade na publicidade também no meio digital. É justamente isso que as pessoas esperam das empresas — no Brasil, 63% dos entrevistados acreditam que toda marca tem a responsabilidade de se envolver em pelo menos uma questão social. Fica claro que é essencial que a publicidade pratique o respeito e a representatividade. No entanto, é preciso ir além das campanhas e olhar de dentro para fora para que elas sejam autênticas.
Respeitar as diferenças, praticar a inclusão e discordar com os moldes antigos da publicidade é uma relação de ganha-ganha: além de contemplar a pluralidade das pessoas, um ambiente diversificado é um motor para melhores performances da empresa. Segundo pesquisa da McKinsey & Company, as empresas com quadros mais diversos têm 35% mais chance de retorno financeiro que a média do mercado e empresas com equilíbrio de gênero podem atingir até 41% de aumento em lucratividade. Isso porque, com um quadro de colaboradores composto por pessoas de origens e características diversas, ampliam-se aspectos como criatividade e novas visões de mundo.
Para que a empresa discuta verdadeiramente sobre diversidade, é preciso abrir as portas para ela. Ações inclusivas são mais honestas, mais justas e criativas quando quem ajuda a criá-las são pessoas diferentes entre si. E isso só acontece quando se disponibiliza a oportunidade de emprego. A diversidade mostrada pelo marketing deve ser uma realidade da empresa. As práticas precisam ser genuínas para fazer diferença na sociedade e não se tornarem apenas um discurso vazio.
Conclusão
A diversidade na publicidade e nos negócios é um tema urgente e necessário na sociedade atual. Representar a pluralidade de pessoas é uma forma de respeito e inclusão, além de ser um motor para melhores performances da empresa. É preciso ir além das campanhas e olhar de dentro para fora para que elas sejam autênticas. Ações inclusivas são mais honestas, mais justas e criativas quando quem ajuda a criá-las são pessoas diferentes entre si. A diversidade mostrada pelo marketing deve ser uma realidade da empresa. As práticas precisam ser genuínas para fazer diferença na sociedade e não se tornarem apenas um discurso vazio.
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