Modo restrito do Youtube: conheça a atualização e entenda a polêmica!

O YouTube está cada vez mais provando que o audiovisual é o futuro da internet. Já falamos aqui no blog sobre o crescimento do formato de vídeo, também no facebookinstagram, e já falamos como utilizá-lo no seu negócio. Mas, hoje iremos falar de uma polêmica recente que fez muitos questionarem o posicionamento da plataforma.

O Youtube foi criado em 2005, e logo em 2006 foi comprado pelo Google após o seu enorme sucesso inicial. A ideia dos criadores era apenas transformar o envio e upload de vídeos na internet mais simples. Entretanto, a rede logo se tornou revolucionária por ser uma plataforma onde qualquer um pode postar vídeos de entretenimento dos mais diversos assuntos. Sem precisar de uma produção cara e patrocinadores.

Com o tempo foi possível perceber que essa liberdade do YouTube realmente criou uma nova forma de entretenimento. Por exemplo, enquanto antes para ser famoso era preciso ser um artista global, hoje vivemos no mundo de blogueiras, canais de humor e games, que pautam os assuntos da mídia. Enquanto antes era preciso pagar para assistir aulas diversas, hoje é possível aprender línguas, instrumentos e outras matérias com tutoriais e videoaulas postados por qualquer usuário.

Porém, nessa última semana muitos criadores de conteúdo e seus fãs questionaram o YouTube devido ao “modo restrito” do site.

O que é o modo restrito?

O modo restrito é uma ferramenta de controle parental que limita os vídeos que os usuários podem assistir. Essa restrição existe como um modo opcional desde 2010, a ideia é garantir que os pais possam evitar expor seus filhos a conteúdos ofensivos ou sensíveis de mais, como violência, sexo e terrorismo.

Apesar de ser uma boa ferramenta, desde quinta-feira passada ela passou a criar polêmicas entre Youtubers. Em questão de horas a hashtag #YouTubeIsOverParty entrou para os trending topics do twitter, e a marca foi obrigada a falar sobre a sua nova política de restrição.

#YouTubeIsOverParty

Tudo começou quando Youtubers de canais com temática LGBT+ passaram a perceber que seus vídeos não estavam aparecendo na opção de modo restrito. Muitos deles, como a brasileira Mandy Candy, possuem milhões de inscritos em seus canais. Então, não demorou muito para que seus fãs começassem a questionar essa ferramenta do Youtube também.

O questionamento da restrição surgiu em relação ao tipo de conteúdo presente nos vídeos. Muitos eram simples e inofensivos, como, vídeos de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ou, até mesmo videoclipes de artistas pop como Lady Gaga. Sendo assim, não haveria motivo para restringi-los de crianças. Vídeos falando de doenças sérias como depressão, por exemplo, também foram ocultados. Apesar de terem o objetivo de ajudar as pessoas que estão passando por algo assim.

O posicionamento da marca

O que deixou a polêmica maior ainda foi o fato dela acontecer em uma plataforma que é famosa por apoiar a diversidade.  O posicionamento da marca, apresentado no Brandcast 2016, deixa bem claro que o Youtube quer ser visto como uma plataforma democrática de mudança social. Um local onde comunidades que antes não alcançavam o mainstream podem ter sua voz ouvida.

(vídeo)

Em 2016, o YouTube realizou diversas ações que demonstram esses posicionamento. Em março, fizeram o Programa Global Para Mulheres para falar sobre empoderamento feminino. Em junho, fizeram o movimento #OrgulhoDeSer para promover o orgulho LGBT. E, em novembro celebraram o dia da Consciência Negra com o #YouTubeNegro. Dessa forma, é fácil perceber o porque dessa mudança no modo restrito ter gerado tanta polêmica.

Fãs e criadores de conteúdo se decepcionaram com a marca, pois ao restringir esse tipo de conteúdo, ela passa a mensagem de que considera um vídeo de casamento entre dois homens “ofensivo” para crianças. Enquanto um de casamento entre homem e mulher não é tratado da mesma forma.

De um ponto de vista mercadológico, o YouTube precisa demonstrar que continua com o posicionamento pró-diversidade para continuar crescendo nesse meio. Assim, em seu blog e twitter, a marca explicou que já está corrigindo os seus erros, e retificou o quanto aprecia e apoia a comunidade LGBT, demonstrando que souberam ouvir o feedback de seus usuários.

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