O futuro da indústria automotiva: adaptação ao compartilhamento e mobilidade urbana

O futuro da indústria automotiva e o impacto da mobilidade compartilhada

A PricewaterhouseCoopers (PwC) realizou uma pesquisa que aponta que até 2030, um terço dos quilômetros dirigidos na Europa e nos Estados Unidos serão guiados por veículos compartilhados. Essa mudança no cenário atual, juntamente com a existência de um novo tipo de consumidor, fará com que sejam necessários 138 milhões de carros a menos no mercado. Mas essa não é a única novidade no setor automotivo, que agora enfrenta o compartilhamento de carros elétricos, aluguel de bicicletas, caronas com aplicativos e até mesmo locomoção por patinetes.

A mudança cultural dos millennials

Uma das principais mudanças no setor automotivo é a mudança cultural dos millennials. Para essa geração, mobilidade tem um significado distinto do que foi conhecido até então. Muitas vezes, a compra de um carro não é mais vista como uma conquista prioritária e há casos nos quais nem mesmo a carteira de motorista é desejada. Isso é o que aponta o estudo Global Automotive Consumer Study: Future of Automotive Technologie.

Outra mudança cultural é a forma como as pessoas se relacionam com bens de consumo. O aluguel ganha força e potencial, enquanto a compra perde espaço para as experiências. Porém, as montadoras estão se adequando para oferecer alternativas que se encaixem neste novo momento.

A importância do setor automotivo para o mercado

O setor automotivo tem uma participação indiscutível na estrutura industrial mundial, representando cerca de 22% do produto interno bruto (PIB) industrial brasileiro. Devido aos seus encadeamentos, é um segmento cujo desempenho pode afetar significativamente a produção de vários outros núcleos industriais, como aço, metal, borracha, plástico, entre outros.

Mobilidade no caminho de IPOs

O compartilhamento de carros e a mobilidade em geral não geram interesse apenas pela liberdade de não ter um veículo e não arcar com seus custos. As soluções vão além da carona compartilhada ou do aluguel de carros. Na corrida por uma vida saudável, o deslocamento por meio de bicicletas tem sido até mesmo incentivado pelos empregadores. Outra visão está ligada ao compartilhamento de bicicletas, patinetes, scooters ou mesmo o uso de carros autônomos.

Montadoras ampliam suas formas de atuação

Tendência consolidada em outros mercados, o compartilhamento de carros por parte de montadoras é uma tendência crescente. As gigantes BMW e Daimler, ainda que rivais de mercado, se uniram em parceria para lançar serviços de mobilidade urbana. Os investimentos nas soluções de logística e mobilidade giram em torno de US$ 1,3 bilhão.

O aluguel de carros por hora já é uma realidade para a General Motors, que realiza o compartilhamento de veículos com pagamento por uso. Da mesma forma, outras soluções como a aquisição temporária de automóveis, como é o caso do Carro Fácil da Porto Seguro, mostram que o relacionamento com os veículos não fica mais limitado a apenas um único formato.

Conclusão

A mobilidade compartilhada é uma tendência que veio para ficar e mudar completamente o cenário atual do setor automotivo. As montadoras estão se adaptando para oferecer alternativas que se encaixem neste novo momento, ampliando suas formas de atuação e investindo em soluções de logística e mobilidade. A única certeza é que a indústria automotiva já não é mais a mesma e precisa se adequar às novas demandas e carências dos grandes centros urbanos.

Acompanhe mais dicas de Gestão e Liderança aqui na Mercado Binário

Nos siga nas redes sociais

Assine nossa newsletter