Fei-Fei Li, referência em inteligência artificial, está liderando uma iniciativa que pode mudar os rumos da tecnologia. Em vez de focar nos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs), ela acaba de anunciar sua nova empresa que está investindo nos Grandes Modelos de Mundo (LWMs), que não apenas compreendem a linguagem, mas também constroem espaços e mundos virtuais.
Enquanto as LLMs alteraram a forma como interagimos com texto e linguagem natural, as LWMs têm o potencial de mudar nossa interação com ambientes virtuais. Esses modelos podem gerar e manipular mundos 3D, permitindo novas formas de interação.
A startup de Fei-Fei Li, chamada World Labs, está desenvolvendo inteligência artificial com inteligência espacial, capaz de compreender e interagir com o mundo 3D de forma semelhante aos humanos. Isso abre portas para aplicações em áreas como design, arquitetura, realidade virtual, realidade aumentada e robótica.
A iniciativa reúne nomes no campo da visão computacional e gráficos, incluindo Justin Johnson, Christoph Lassner e Ben Mildenhall. A empresa já levantou mais de US$ 230 milhões em financiamento, contando com investidores como Andreessen Horowitz, NEA e Radical Ventures, além de figuras como Marc Benioff, Jeff Dean, Geoffrey Hinton, Reid Hoffman e outros.
A World Labs pretende desenvolver Grandes Modelos de Mundo que possam entender e raciocinar sobre o mundo 3D a partir de imagens e outras modalidades. Com isso, espera-se treinar modelos com capacidades amplas, aplicáveis em diversos domínios e trabalhando ao lado das pessoas.
Este movimento representa uma mudança na abordagem da inteligência artificial, passando do foco na linguagem para a construção e compreensão de ambientes virtuais completos. A aposta é que os LWMs possam expandir o potencial da IA generativa de imagens e vídeos 2D para mundos 3D.
Estamos diante de uma nova era na inteligência artificial? Os Grandes Modelos de Mundo serão o próximo passo que nos permitirá não apenas conversar com máquinas, mas também compartilhar e construir mundos com elas? A iniciativa de Fei-Fei Li sugere que sim.
A empresa está investindo em pesquisa e desenvolvimento para criar produtos que possam ser utilizados por artistas, designers, desenvolvedores e engenheiros, facilitando a criação e edição de espaços virtuais com física, semântica e controle. Isso pode transformar indústrias, desde o entretenimento até a engenharia e a educação.
Além disso, a iniciativa atraiu um grupo de investidores e apoiadores, demonstrando a confiança do mercado no potencial dos Grandes Modelos de Mundo. A parceria com nomes do setor reforça a possibilidade de que essa tecnologia se torne a próxima grande revolução na inteligência artificial.
Qual a sua opinião sobre este novo modelo? Teremos realmente um modelo fundamental baseado em visão e espaço?