O fim de março foi marcado pela polêmica envolvendo a empresa de análise de dados Cambridge Analytica e o Facebook. De acordo com os jornais New York Times e The Guardian, que iniciaram a investigação do caso, cerca de 87 milhões de usuários tiveram seus dados violados sem permissão.
Sabe aqueles testes de personalidade que aparecem no Facebook? Com chamadas do tipo “quem você seria no filme Stars Wars?”, “Descubra qual amigo vai te levar para viajar ano que vem”.
Então, a trama inicia se inicia aí. O que parecia inofensivo se tornou uma grande bola de neve para Zuckerberg. O teste que gerou problemas foi criado pelo professor de psicologia da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan. Kogan conseguiu que 270 mil usuários respondessem perguntas sobre suas personalidades e teve acesso à identidade, localização e gostos preferidos destas pessoas. Tudo isso para, até então, uma “pesquisa educacional”.
Porém, Kogan vendeu esses dados à Cambridge Analytica, que os utilizou de forma ilegal para desenvolver campanhas de cunho político. Para quem não sabe, a empresa está envolvida nas campanhas de Trump e do Brexit.
Mas e agora?
É evidente que esse caso gerou polêmica de muitos usuários que utilizam o Facebook para negócios e de forma social. Por isso, surgiram muitas dúvidas sobre a proteção e segurança que a rede oferece aos seus fiéis usuários.
Diante disso, nosso querido CEO, Mark Zuckerberg fez um pronunciamento em seu perfil do Facebook na quarta-feira (21) e esclareceu todos os passos do andamento da investigação.
“Temos a responsabilidade de proteger os seus dados e, se não pudermos, não mereceremos te atender […] Eu comecei o Facebook e, no final das contas, eu sou responsável pelo que acontece na nossa plataforma. Estou falando sério sobre fazer o que é preciso para proteger nossa comunidade.” Afirmou Zuckerberg.
O CEO também afirmou que irá trabalhar na mudança da plataforma para proibir que empresas e programadores tenham acesso a dados dos usuários sem permissão e de forma ilegal.
Essa mudança é o que nos interessa!
Nós, da área de marketing e também usuários do Facebook, devemos estar atualizados de qualquer alteração das plataformas digitais para evitarmos queda nas vendas e garantirmos a segurança das informações.
Por isso, listamos aqui as mudanças principais que ocorrerão nos próximos meses no Facebook (de acordo com Zuckerberg), a fim de manter a proteção e lealdade dos mais de 2 bilhões de usuários da rede.
1- Auditoria e investigação
A empresa irá investigar todos os aplicativos que tiveram acesso a grande parte de informações dos usuários antes de 2014 – o ano que começou as alterações de uso dos aplicativos na plataforma. Para isso, serão realizadas auditorias de todos os aplicativos suspeitos de adquirir informações ilegais dos perfis da rede.
2- Alertar usuários sobre uso de dados
Principalmente os usuários que foram afetados pela Cambridge Analytica. O CEO informou que as pessoas afetadas pelo escândalo serão informadas sobre quais dados foram acessados pela empresa e em seguida serão deletados. Porém, ainda não informou como e quando será feito.
3- Restringir aplicativos que não sejam utilizados
O Facebook irá restringir o acesso de dados dos desenvolvedores e programadores dos aplicativos. Essa restrição tem como objetivo evitar o acesso ilegal dos apps a dados dos usuários. Para isso, a plataforma irá remover o acesso dos aplicativos aos seus dados se você não o tiver usado em três meses.
4- Diminuir o acesso dos aplicativos à informação dos usuários
Será reduzido o número de dados que os aplicativos solicitam ao usuário. Nas próximas versões, os aplicativos terão acesso somente ao nome, foto de perfil e endereço de e-mail. Além disso, os desenvolvedores precisarão assinar um contrato com o Facebook para solicitar acesso a outros dados dos usuários, como postagens.
5- Encorajar os usuários a revogarem o acesso de dados dos aplicativos
Mark Zuckerberg anunciou na quarta-feira (28) um novo atalho de privacidade dos usuários. Esse atalho tem o intuito de manter as pessoas informadas sobre quais aplicativos elas estão utilizando. Além disso, o CEO anunciou que a empresa está trabalhando para adicionar uma nova ferramenta na parte superior do feed de notícias com todos os aplicativos que foram feitos login. Assim, você poderá remover com mais facilidade os apps que não são mais usados.
Todas essas alterações trarão mais detalhes dessa investigação, o que é capaz de gerar outras mudanças na plataforma. Mas, independentemente do desfecho da história, o CEO garante que todas as medidas já estão sendo trabalhadas e admitiu o erro cometido.
“Eu tenho trabalhado para entender exatamente o que aconteceu e como garantir que isso não aconteça novamente.”
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