“Por que as empresas precisam ir além do discurso vazio e se tornarem verdadeiras legislative brands”

A importância do propósito das marcas e o surgimento das legislative brands

No mundo do marketing, as tendências estão sempre mudando e evoluindo. No entanto, uma que se mantém constante é a valorização do propósito das marcas e a responsabilidade de mantê-lo de maneira autêntica. Discursos vazios não têm mais espaço, e a diversidade é cada vez mais importante não apenas nas campanhas publicitárias, mas também nas políticas internas e externas das empresas.

Legislative brands: marcas que legislam sobre questões sociais

Uma nova denominação que surgiu recentemente é a de “legislative brands”, ou seja, marcas que apoiam questões sociais além das campanhas de marketing, usando seu poder para impulsionar mudanças construtivas no mundo. Essa postura é cada vez mais necessária em um cenário no qual os consumidores estão mais interessados em saber o que as marcas defendem do que em simplesmente saber o que elas representam.

De acordo com um estudo da Accenture Strategy, 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida. As marcas que se posicionam como legislative brands procuram influenciar e até mudar as regras do jogo, atuando em espaços antes impactados apenas pelas ações governamentais. Isso as torna mais confiáveis aos olhos dos consumidores, que, segundo o estudo Edelman Trust Barometer, confiam mais em CEOs do que em políticos.

Exemplos de legislative brands

A Microsoft é um exemplo de empresa que atua como legislative brand. Em um post em seu blog, a empresa defendeu a importância da licença parental paga, afirmando que ela leva a “produtividade aprimorada e taxas de rotatividade mais baixas” e “ajuda a neutralizar estereótipos de prestação de cuidados de gênero, neutralizar estigmas e promover a equidade em casa e no escritório”. Além disso, a empresa anunciou que só trabalhará com fornecedores que adotem essa política em suas organizações.

No entanto, é importante destacar que essa postura deve ser coerente com os valores e cultura da empresa, e não apenas uma maneira de seguir uma tendência.

Diversidade e inclusão como pressuposto

Hoje, a diversidade e a inclusão não são mais consideradas tendências ou boas opções, mas sim pressupostos para empresas que desejam ser responsáveis e autênticas. O propósito social não é apenas uma declaração de missão ou compromisso de valores, mas sim algo que define o papel e o valor autênticos de uma organização na sociedade.

Embora expressões como legislative brand sejam importantes, é fundamental que as empresas ouçam uma diversidade de vozes e estejam atentas ao “purpose washing”, ou seja, quando a marca fala mas não pratica. É preciso criar um compromisso fidedigno com o bem comum, o que demanda investimentos, treinamentos e tempo. Mas essa postura permite que as empresas tomem decisões de negócios de maneira responsável e efetiva.

Conclusão

As legislative brands são uma tendência que reflete a importância crescente do propósito das marcas e da responsabilidade social das empresas. No entanto, é fundamental que essa postura seja coerente com os valores e cultura da empresa e não apenas uma maneira de seguir uma tendência. A diversidade e a inclusão deixaram de ser tendências e se tornaram pressupostos para empresas que desejam ser autênticas e responsáveis.

As empresas que desejam ser verdadeiras legislative brands devem ouvir uma diversidade de vozes, criar compromissos fidedignos com o bem comum e estar atentas ao “purpose washing”. Dessa maneira, poderão tomar decisões de negócios de maneira responsável e efetiva, ganhando a confiança e lealdade dos consumidores.

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