Snapchat é a empresa que começou a transformar selfies em $elfies. Oito meses atrás, vendeu à 20th Century Fox o primeiro filtro patrocinado para promover o filme Peanuts numa campanha de 750.000 dólares.
Desde então, as empresas tem se voltado mais a essa ferramenta de marketing digital, fortalecendo os investimentos do Snapchat. Os filtros mudam a cada dia e são totalmente variados, atingindo vários públicos e garantindo que eles voltem no dia seguinte. Desde o último ano as marcas podem pagar o Snapchat para criar filtros patrocinados que aparecem na mesma seção do aplicativo, um dia de cada vez. No Brasil, essa tática é relativamente nova para as marcas.
O site de informações Adweek constatou que as marcas estão comprando anúncios relativamente caros. A campanha do filme do Peanuts custou 750.000 dólares e ficou ativa por 24 horas no Dia das Bruxas.
A procura por esses anúncios tem crescido bastante. Nos EUA, de junho a julho, 14 marcas apareceram nos filtros patrocinadas do Snapchat, o que significa que foram vendidos anúncios aproximadamente uma vez a cada três dias.
Seis estúdios cinematográficos, incluindo Sony Pictures, Universal Studios e Pixar compraram anúncio para promover seus lançamentos, como “Dory” e “Ghostbusters”, destinadas aos consumidores da Geração Y. Enquanto isso, Starbucks, Michael Kors, entre outros, também criaram anúncios com emojis da marca, e três marcas de beleza (L’Oréal Paris, Urban Decay e Benefit Cosmetics) produziram filtros que aplicavam maquiagem nas selfies. As gigantes do mercado McDonald’s e Coca-Cola também estão investindo, veja o exemplo abaixo:
O Snapchat team explica que está lançando preços mais elevados porque mais pessoas estão usando os filtros diariamente para enviar fotos e vídeos para amigos. A recompensa pode ser grande, especialmente se um filtro viraliza. Para que isso aconteça, “é melhor que seja bom, é melhor que seja digno de compartilhamento, e é melhor que seja memorável”, explica o site Meio & Mensagem. Apesar disso, muitas empresas brasileiras ainda estão céticas quanto ao potencial da plataforma, mas nos EUA há cada vez mais adesão.
Catherine Boyle, analista-chefe da eMarketer vem estudando a plataforma desde seu surgimento, em 2011. Em entrevista para o site PROXXIMA, ela comenta as dificuldades que as marcas ainda enfrentam ao tentar encontrar métricas e definir o target da plataforma, mas deixa claro que o potencial do Snapchat é enorme e o ápice da ferramenta deve vir em 2020. Segundo a especialista, “O Snapchat está causando uma certa excitação para as marcas e, apesar da desconfiança, as marcas estão aumentando seus investimentos na ferramenta”, diz Catherine.
É importante que as empresas brasileiras fiquem atentas à essa nova possibilidade do Snapchat, pois seu público não somente está lá, mas está online porque quer interagir e ser surpreendido. O Snapchat tem estimulado a criatividade e os esforços em Inboud Marketing com os filtros patrocinados. Isso é algo que as marcas devem explorar mais.
Texto adaptado e traduzido de Adweek.
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