Nível de maturidade digital do Brasil: pesquisa revela gaps e competências a serem desenvolvidas

Qual é o nível de maturidade digital do Brasil?

O Google, em parceria com a McKinsey, desenvolveu a pesquisa Índice de Maturidade Digital para avaliar as competências digitais dos brasileiros e seu impacto socioeconômico. Foram realizadas 2.477 entrevistas em 12 estados das 5 regiões do país, com pessoas entre 15 e 60 anos, de classes A a D.

Vocação digital dos brasileiros

A pesquisa constatou que 7 em cada 10 brasileiros estão conectados, 67% da população têm smartphone e passam, em média, mais de 9 horas por dia na internet. Além disso, 7 em cada 10 brasileiros utilizam alguma rede social, o que é 45% acima da média mundial. O consumo de vídeo online cresceu 135% nos últimos 4 anos e 86% dos brasileiros conectados assistem a vídeos online. O Brasil é o terceiro país do mundo em watch time no YouTube.

Índice de maturidade digital dos brasileiros

A pesquisa avaliou cinco critérios de maturidade digital dos brasileiros: acesso, uso, segurança, cultura e criação. Em cada um desses fatores, foram analisadas diferentes competências digitais.

Acesso

Os brasileiros se destacaram em ligar e desligar aparelhos e navegação, mas pecam em uso de comando de voz e configuração de softwares. A nota foi de 3,5 em uma escala de 0 a 5.

Segurança

Os brasileiros são bons em cuidados com dados e informações pessoais e identificação de phishing, mas falham em identificação de sites seguros e de ameaças como malware. A nota foi de 3,4.

Uso

Os brasileiros são bons em uso de aplicativos de mensagem e buscadores, mas falham em armazenamento de dados em nuvem e transações online. A nota foi de 3,4.

Cultura Digital

Os brasileiros têm vocação para aprender experimentando e acompanhamento de reviews de lançamentos, mas falham em cultura de aprendizagem por tentativa e erro, além de tomada de risco no uso de novas tecnologias. A nota foi de 3,0.

Criação

Os brasileiros têm mais competências em criação e desenvolvimento de apresentação e edição de vídeos, mas pecam em automação de sistemas de dados e entendimento e aplicação de conceitos de machine learning. A nota foi de 1,8.

Competências digitais refletem desigualdades sociais

As desigualdades de gênero, raça e idade espelham as desigualdades no domínio de competências digitais. Os mais velhos têm dificuldade em acompanhar as transformações tecnológicas, enquanto as mulheres ainda são minoria no meio digital. Há uma relação direta entre competências digitais e renda, e o desenvolvimento dessas competências pode adicionar US$ 70 bilhões ao PIB.

Conclusão

O Brasil tem “vocação digital”, mas ainda precisa desenvolver muitas competências digitais. As empresas que saem à frente dos concorrentes encontram um bom caminho para alcançar bons resultados de negócios. É necessário investir em educação e treinamento para reduzir as desigualdades e capturar o impacto econômico das competências digitais.

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